Mistanásia em tempos de pandemia
Mistanásia em tempos de pandemia do COVID-19: reflexões iniciais a partir da Bioética Global
Este trabajo elaborado por uno de los miembros de la Red, Thiago Rocha Da Cunha aborda la cuestión de cómo enfrentar la muerte en tiempos de pandemia en que surgen cuestiones éticas que tienen que ver con la elección de quiénes mueren o viven, con el sentido del contagio, y la reducción del muerto a un cadáver que puede manipularse porque pierde identidad, es simplemente un «muerto de COVID». La pandemia es una ocasión para revisar nuestros valores y sobre todo para pensar qué significa vivir bien y morir bien ejercer el derecho a la vida y el derecho a la muerte. El trabajo fue publicado en Luciana Dadalto. (Org.). Bioética e COVID-19. 1ed. Indaiatuaba: Editora FOCO, 2020. (ebook).
Descargar artículo completo en PDF
INTRODUÇÃO
O cenário global em tempos da pandemia de COVID-19 nos interroga e nos faz refletir de diversos pontos de vista sobre o sentido da vida. Coloca-nos diante um emaranhado complexo de discussões que no decorrer da história foi se lapidando e que ainda hoje não se tem respostas concretas, pois o sentido da vida depende da construção de cada ser em uma dimensão subjetiva da realidade que é inerente ao ser humano, pois este, podendo fazer juízos de valores em situações concretas, pode definir o que é o bem ou o que é o mal para si.
O teólogo Clodovis Boff, em uma trilogia intitulada “O sentido da vida”, apresenta diversos acertos sobre o tema e logo no primeiro livro nos aponta algo interessante para pensarmos sobre o sentido da vida frente a pandemia do COVID-19 que assola o mundo:
Colocar a questão do sentido em termos de “fim” é o modo como procedeu a grande tradição filosófica. Essa não fala, como nós, em “sentido da vida”, mas em “fim último” ou “fim supremo” do homem. No fundo, é a mesma coisa, apenas os contextos são diferentes e, por isso, também as condições. De fato, perguntar sobre o sentido da vida é o mesmo que perguntar se ela tem um final bom e feliz (BOFF, 2014, pág.13).
As interrogações vão sempre nos acompanhar, ela é entranhada no sentido da existência, já nos apresentou isto o filósofo moderno Descartes quando afirmou: “cogito ergo sum”, ou seja, penso, logo existo. Clodovis apresenta algo que orientará nossa reflexão acerca da morte ao fim de sua explanação no referido parágrafo citado: “perguntar sobre o sentido da vida é o mesmo que perguntar se ela tem um final bom e feliz”. Para compreendermos sobre o fim último como bom e feliz e se de fato em tempos dessa cruel pandemia podemos pensar sobre bondade e felicidade, fazemos uso da bioética como chave de leitura para analisarmos a realidade na qual vivemos no cenário global, que adentra todas as estruturas da sociedade e interroga de modo crucial se em tempo de pandemia COVID-19 a mistanásia é um processo insuperável, ou, ao contrário, se permite vislumbrar um sentido transformador, ainda que não tão evidente ou imediato.
Mistanásia em tempos de pandemia do COVID-19: reflexões iniciais a partir da Bioética Global